Friday, August 22, 2008
CENTAMOSTRA
5, 6 e 7 - 12, 13 e 14 de Setembro
CENTAMOSTRA propõe a criação de um espaço de proximidade entre a criação artística contemporânea e as populações e programadores locais. A programação tem um núcleo fixo constituído pelos projectos produzidos pelo CENTA em 2008: "mapaprovisório", "®existir-2008", "Concertos Improváveis", "Sons do Salgueiral", "Concerto para piano de John Cage – 50 anos", "All in Twlight", "powerTrio", "Experimenta o Campo", e pela colaboração com o festival urbano Pedras d'Água, através da apresentação dos projectos – "Subterrâneos de Lisboa" e " S.Domingos, a nossa casa", e um núcleo flexível constituído pela apresentação de projectos ou do trabalho de criadores apoiados pelo Programa de Residências - Margarida Mestre, Ana Martins, Mário Afonso, Sílvia Pinto Coelho, Simão Costa, Nuno Rebelo/ Marco Franco, Sofia Neuparth, Jorge Murteira, Elizabete Francisca / Miguel Pereira / Nicolaas Leach / Paula Frazão Bruno Carvalho, Gonçalo Tocha e Jack Shamblin.
A informação detalhada poderá ser consultada, em:
www.myspace.com/centamostra
www.centamostra.com
"Saias" da coreografa Marina Nabais
[de 24 a 29 de Agosto]
Alban Hall
Giulia Battaglini
Irina Biscop
Margarida Mestre
Marina Nabais
Susana Gaspar
"Invisível
És invisível?
Consegues ver-me? Consigo ver-te?
Consegues ver o meu outro lado?
Estás aí?"
Se os poros da nossa pele são como as janelas das nossas casas, o que é que vemos quando espreitamos?
Em "Saias", a pele é o tema principal. A pele do nosso corpo e das nossas roupas, a pele como casa, identidade ou planeta.
Este universo em camadas é representado por uma "instalação impermanente", onde o público é convidado a escolher o seu próprio espaço e tornar-se parte da epiderme da peça.
Dois bailarinos guiam-nos numa viagem através deste "espaço de saias". Procuram formas de se conhecerem um ao outro, de se oferecerem e de esconder os seus segredos. Com as suas vozes, contam estórias sem palavras, criando a banda sonora que reverbera na sala. O resultado é uma imagem sensual. Às vezes frágil, às vezes desafiadora . Mas sempre com paixão e humor.
O que vemos então, quando espreitamos? Talvez beleza, liberdade ou protecção. Ou talvez não vejamos nada. É a curiosidade que entra na nossa pele.
Irina Biscop/ Marina Nabais
Wednesday, August 20, 2008
Residência das coreógrafas Filipa Francisco e Idoia Zabaleta e a editora Valérie Suire
Em 2005, as coreógrafas Filipa Francisco e Idoia Zabaleta trocaram cartas durante onze meses e desenvolveram um processo de comunicação à distância como forma de entrar no imaginário uma da outra. O resultado foi uma peça que procura ocupar lugar entre os territórios de ambas, levando a uma reflexão sobre a possibilidade de atingir não só o imaginário da outra pessoa, mas a sua fisicalidade. É um trabalho sobre a (im)possibilidade de se tornar outro.
Em 2008, as coreógrafas juntam-se em residência artística, novamente no CENTA, com a editora Valérie Suire, para prosseguirem o projecto numa vertente editorial.
Esta estadia permitiu concretizar a elaboração do livro que está previsto ser publicado em Março de 2009, em Espanha e Portugal.
Filipa Francisco é coreógrafa e performer. Estudou dança, improvisação, dramaturgia e psicologia. Com Bruno Cochat, criou a Cia. Torneira, que, desde 1996, apresenta a peça Nu meio. Entre seus trabalhos, destaca-se Leitura de listas, exibido em vários festivais da Europa. Há quatro anos, o grupo desenvolve uma pesquisa de criação com reclusos do Estabelecimento Prisional de Castelo Branco. http://filipafrancisco.blogspot.com
Idoia Zabaleta é coreógrafa e bióloga. Estudou Nova Dança e Improvisação. É fundadora da associação Moare Danza. Trabalhou com a companhia Mal Pelo nas peças La calle del imaginero e Orache. Colabora com o Laboratório de eletroacústica KLEM, de Bilbao. Actualmente, dirige a Aula de Dança e Criação na Universidade do País Basco.
Valérie Suire é editora. Estudou Letras na Universidade de Paris 8. Trabalhou, nomeadamente, com a editora Actes Sud, em França, e as edições Fim de Século, em Lisboa. É fundadora, com Susana Vázquez, da editora 90°. http://www.90o.pt
Friday, August 08, 2008
REAIS JOGOS VIRTUAIS
[de 17 a 22 de Agosto]
Isabel Valverde (Directora Artística))
Jorge Goncalves (Performer)
Ines Negrao (Performer)
António Caramelo (media artist)
Rui Viana Pereira (sonoplasta)
Reais Jogos Virtuais (RJV) é uma proposta de co-autoria transdisciplinar envolvendo dança/performance e novos media. Projectando uma arquitectura híbrida de espaços físicos e virtuais comunicantes com os seus habitantes, performers e membros da audiência ao vivo e como avatares, RJV procura questionar as interfaces imersivas dos videojogos e espaços de sociabilidade virtuais (Second Life), respectivas interfaces físicas (óculos de realidade virtual, motion capture, e câmara web) e relações com a descorporalização. Mas, na desconstrução crítica destes aparatos, gera-se uma possível janela, experimentando novas percepções numa corporalidade pós-humana adaptada a realidades subjectivas e colectivas híbridas e mutáveis que caracterizam a recente condição contemporânea. Na investigação de ambientes coreográficos híbridos, personagens ao vivo e virtuais interagem entre si. Os seus movimentos (simultaneamente físicos e virtuais) vão-se traduzindo em aspectos da imagética e sonoplastia envolvente através de sistemas de interacção computacionais, que, por sua vez, os afecta, numa procura de novos (ou sublimados) canais de comunicação. Nesta interactividade entre movimento físico e modelos de mediação e representação virtual, os avatares, RJV parte da ideia de deslocação do espaço virtual (videojogo/animação 3D) para o espaço físico e vice versa (via motion capture), situando-se na reflexão sobre o corpo face ás novas tecnologias, particularmente a crescente aderência aos videojogos, e a modelos imersivos e de comunicação em tempo real da Internet. Num constante entrelaçamento de dimensões da experiência, quer-se avançar na virtualização do espaço físico e na materialização / corporalização de espaços e entidades virtuais, onde orgânico e virtual são aspectos e partes indispensáveis das próprias realidades híbridas que se criam e apercebem.
http://reaisjogosvirtuais.blogspot.com
Manual de Instruções- Victor Hugo Pontes
Constitui uma reflexão sobre a vivência e sobrevivência dos indivíduos nas sociedades modernas. A inquietação parte de um certo tipo de questões: Como é que alguém se relaciona com o espaço que habita? O que acontece quando se vive em isolamento? O que é que se faz quando se ocupa um espaço privado, sabendo-se que (não) se está a ser observado?
O projecto encontra-se em fase de criação. O elenco é composto por 3 intérpretes fixos e 12 intérpretes provenientes de cada comunidade onde o espectáculo é apresentado.
«Laboratório de Criação do Manual de Instruções», foi a primeira fase do projecto que decorreu entre Fevereiro e Abril de 2008, em várias cidades do país. Fez-se uma pesquisa sobre o tema e experimentaram-se vários tipos de linguagem, técnica e expressiva,
Nesta segunda fase e depois de um período de residência no Porto, Vitor Hugo Pontes e os três intérpretes fixos do elenco - Elisabete Magalhães, Manuel Sá Pessoa, Tiago Barbosa - desenvolvem, no CENTA, um período de experimentação e apropriação individual e colectiva do material criado. Nos últimos dias desta residência realiza-se o Laboratório de integração para os intérpretes locais. Estes Laboratórios revelam-se muito produtivos para, depois da apresentação, podermos repensar os materiais, experimentá-los de novo, da mesma ou sob outra forma, descartando alguns, seleccionando outros e induzindo novos.
(Texto adaptado a partir dos textos enviados pelo NEC)
Laboratório de Criação
Manual de Instruções
Vila Velha de Ródão
Datas - 13 e 14 de Agosto | Horário - 10h – 13h / 14h – 17h
Público-alvo | Interessados, com ou sem experiência performática (maiores de 16 anos)
Nº mínimo de inscrições - 2 pessoas | Nº máximo de inscrições - 12 pessoas