Friday, January 25, 2008

[Ana Martins)]

Um corpo que aparece e desaparece continuamente.
Um corpo projectado noutro.
Um corpo exterior, projectando o seu interior no exterior de um outro.
O poder da imagem por si só.
Do corpo por si só; O que se vê, o que se imagina, o que está lá e o que não está, o que poderia estar, mas está só na mente.
Explora-se o conceito de o que é o corpo dos nossos dias.
A realidade.
A ficção.
O que os nossos olhos vêm. O que os outros olhos vêm. O que os nossos e os outros olhos gostariam de ver.
São camadas e camadas, escondendo uma pele nua.
É o peso da sociedade, das conotações, dos desejos e das quase obrigações.
É um permanente sentimento de insatisfação com o que existe.
A contínua projecção de outros corpos no nosso.
De outras imagens que não nos pertencem.
De imagens que não revelam a realidade do momento presente.
E na realidade, neste momento, qual é o nosso corpo?

Ana Martins