Tuesday, July 10, 2007

[RESIDÊNCIAS ARTÍSTICAS 1º trimestre 2007]


ABRIL07


WORKSHOP CRIAÇÃO ARTÍSTICA CONTEMPORÂNEA
[19 a 22 ABRIL]


Alunos MESTRADO - Criação Artística Contemporânea (CAC)
Departamento de Comunicação e Arte – Universidade de Aveiro
Coordenador- Professor Doutor Paulo Bernardino

OBJECTIVOS
Aprendizagem dos conceitos básicos de programação no sistema PICAXE e sua aplicação a sistemas de vídeo em tempo real com particular atenção ao contexto performativo e de instalação interactiva.

DESCRIÇÃO
O PICAXE é um sistema de programação que permite uma aproximação pedagógica de alto interesse. Visto que é um sistema de programação sem compilação, qualquer exemplo usado na aprendizagem é imediatamente funcional. Isto possibilita uma aproximação à programação muito diferente (bottom-up approach), em que um programa pode ser construído sem ser necessária uma prévia idealização global. Pequenos módulos programáticos são construídos e passíveis de começarem a ser usados em programas mais complexos na evolução do workshop.

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
O primeiro dia (20), da parte da manhã, é de introdução aos conceitos teóricos de aplicação dos sistemas interactivos à arte electrónica. Pretende-se um overview de trabalhos passados de artistas conceituados da área, bem como uma introdução às tecnologias existentes. Estas primeiras horas são teóricas e pretendem suscitar uma abordagem crítica por parte do aluno, de forma a conseguir o despertar de interesses e uma primeira definição conceptual dos seus próprios objectivos. As horas seguintes serão de abordagem teórico-prática. Nestas será ensinado o sistema PICAXE e suas aplicações em interacção, tendo em conta os princípios básicos da programação. À medida que forem sendo apresentados os conceitos serão postos pequenos desafios "hands-on-approach", onde se convidarão os alunos a reproduzirem alguns exemplos sugestivos, que possam surgir como interessantes. No final do workshop os alunos deverão ter adquirido uma ideia do funcionamento geral do PICAXE, podendo assim continuar a sua pesquisa individual, sabendo que recursos consultar e como solucionar problemas básicos de programação.




COSPE NA COBRA
[2 a 11 de Abril]



Depois de mais uma situação de residência no CENTA o projecto Cospe na Cobra reformula a sua natureza esquizóide. Depois de sucessivas prospecções e introspecções, abandonando a ideia de banda e de palco, pondo de parte todas as pontas soltas que ficaram inclusive da ultima residência em Outubro passado neste mesmo sítio (paisagem, fauna e historias locais), parte da estaca 0 – admitindo tudo o que se passa dentro da própria residência como parte integrante do que pode ser Cospe na Cobra. Daí resulta que Cospe na Cobra passará a funcionar em molde de residência aberta, onde serão convidados pelos elementos “cuspianos”, várias pessoas que trabalharão em residência, tendo como foco de trabalho o som e a maquinaria cuspia, à semelhança do que aconteceu nesta última com a participação da performer Vera Mota.





MÁRIO AFONSO, BOJANA BAUER e PAULO JORGE
[01 a 11 de Abril]




"Para além do interesse pelo aqui e agora, interessa-me ainda questionar o próprio processo de desenvolvimento de um trabalho no sentido de mapear todos os aspectos que o envolvem.
A formalização deste interesse manter-se-á principalmente na problematização da presença em detrimento da representação de presença.
À medida que o discurso do meu entrevistado avançava, começava a surgir a especificidade. Não apenas pela forma como cada um elaborava o raciocínio, mas também pela ênfase dada a determinados aspectos do ambiente temático. Comecei a sentir a necessidade de propor o desenvolvimento de determinado assunto que se revelava importante numa certa tensão que era possível apreender nesse discurso.
Interessei-me pela possibilidade dramatúrgica que podia encontrar-se no confronto com o público: em vez de uma câmara de vídeo, a presença viva que tornava cada movimento, cada olhar, cada palavra, protagonistas de um grande espectáculo que opera ao nível da subtileza."


Mário Afonso


FEVEREIRO07







CRIAÇÃO E INOVAÇÃO EM CIENCIA
[22 a 24 de Fev]



Um projecto que resulta da fusão entre a Arte e a Ciência.
Seis Investigadores da Unidade de Imunologia Celular, Instituto de Medicina Molecular, Faculdade de Medicina de Lisboa (que trabalham na área da Imunologia das doenças alérgicas, transplantação e autoimunidade) e uma artista plástica que trabalha em conjunto com este laboratório).A RESIDÊNCIA
Pretendem-se discutir a evolução do trabalho científico e as estratégias do laboratorio, através de discussões informais entre todos os membros da residência. Vão ser discutidos os avanços recentes na indução de tolerância, experiências que poderão melhorar a nossa compreensão destes fenómenos.
A Integração do trabalho da artista plástica Mª Manuela Lopes surge de um intercâmbio entre a Arte e a Ciência, com uma apresentação publica de uma Instalação Video - “Pixel by Pixel”








CANAL ZERO
[03 de Fev]






CANAL ZERO apresentou no Lagar da Tapada da Tojeira“ZERO” da autoria de João Bento e Cabaço é um projecto de fusão entre a música electrónica e a música acústica. Músicas que nasceram de filmes mas que vivem autonomamente dentro de um universo próprio de quem se encontra a narrar uma história. São Pequenas Histórias musicais para imaginar com base em filmes de animação do início do século XX, animações e vídeos experimentais contemporâneos.



Com uma pequena interrupção para um concerto em Esturgada, este grupo de artes sonoras dá continuidade ao seu projecto, captando e trabalhando sons bucólicos, que esta região, tão bem proporciona.


JANEIRO07


TEATRO
PRAGA

[03 a 25 Jan]


Patrícia da Silva esteve em residência no mês de Janeiro, para realizar o workshop de Teatro Praga. No dia 25 de Janeiro realivou-se um ensaio aberto, no Cine-Teatro Avenida, em Castelo Braco, onde foi apresentado o trabalho realizado pelos participantes e debatido o processo criativo do Teatro Praga. O workshop visou a criação de um objecto teatral a partir do texto de Moliére “O Avarento”, uma comédia choramingona do séc. XVII, pressupondo um discurso contemporâneo numa relação/confronto com um clássico da dramaturgia mundial. Os seus participantes eram jovens aspirantes a criadores de Castelo Branco e do Fundão integrados, a maior parte deles, em grupos de teatro amadores e com pouca experiência na área da criação.