Tuesday, June 13, 2006

[PROGRAMA DE FORMAÇÃO ARTÍSTICA]




















O Programa de Formação Artística foi criado em 1999 para facilitar o acesso, nesta zona do país, aos ateliês pedagógicos concebidos pelo
Centro de Pedagogia e Animação (CPA) do Centro Cultural de Belém. Em 2001 já integrava propostas concebidas especificamente para o Programa, tendo-se constituído de então para cá um diálogo com a comunidade escolar, no sentido de se prepararem ateliês onde são trabalhados conteúdos curriculares, bem como outros que se considerem pertinentes. Em 2004 o Programa foi interrompido, já que as verbas foram canalizadas para a formação contínua de todos os alunos do 1º Ciclo do Concelho de Ródão.
A novidade deste ano é a integração, na equipa permanente do CENTA, de criadores nas áreas da Dança/Teatro e das Artes Visuais, o que permite a realização destes ateliês num período mais alargado e de modo mais adequado às necessidades das escolas, mas também a sua realização aos fins-de-semana para todos os que estiverem interessados.

Coordenação geral de Graça Passos Coordenação e orientação dos ateliês por Maria Belo Costa e Nuno Carrusca Imagem de Pedro Fonseca (composição a partir dos desenhos de alunos de Vila Velha de Ródão, ao abrigo do programa de formação artística contínua para escolas do 1º ciclo)

para + info e ficha de inscrição clique aqui

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[VISITAS GUIADAS AO NAC]









O N.A.C. [Núcleo de Arte Contemporânea] é uma estrutura do CENTA criada para promover o desenvolvimento das artes visuais na Beira Interior. Para além de dinamizar residências de reflexão/investigação e projectos centrados nas expressões culturais da zona onde está inserido, fomentando o diálogo entre tradição e criação contemporânea, dispõe de um espólio constituído por peças de carácter pictórico, escultórico e fotográfico, que comentam e exemplificam os conceitos de site specific, instalação, land art e arte efémera. Estas obras foram concebidas para o espaço rural da Tapada da Tojeira e são agora objecto das visitas guiadas, onde serão contextualizadas no panorama artístico contemporâneo, ao longo de um passeio no campo. As peças do espólio acessíveis nestas visitas são da autoria de: Jaime Lebre/Alda Nobre/Alberto Reis, Armanda Duarte,
Luísa Ferreira, Fátima Mendonça, Paulo Bernardino/Maria Manuela Lopes, Francisco Tropa e Rui Moreira.
Coordenação e texto de Nuno Carrusca Fotografia de Pedro Fonseca

[PROJECTO DE FORMAÇÃO ARTÍSTICA CONTÍNUA PARA O 1º CICLO ]









PROJECTO DE FORMAÇÃO ARTÍSTICA CONTÍNUA PARA O 1º CICLO
Este projecto,iniciado em 2003/04, desenvolve-se em todas as escolas do 1º Ciclo do concelho de Vila Velha de Ródão, em horário curricular, articulando conteúdos de Língua Portuguesa e Estudo do Meio com conteúdos artísticos das áreas da Dança e das Artes Plásticas. A edição da públicação referente ao trabalho do ano passado(Voar com o pensamento) incluirá o estudo elaborado pelo Instituto de Sociologia do Porto e será publicado em 2008. Este projecto foi considerado um exemplo de boas práticas pela Comissão Organizadora da Conferência Nacional de Educação Artística.

Coordenação Geral de Graça Passos Consultoria Artística e Pedagógica de Leonor Barata e Vera Alvelos Monitores Maria Belo Costa, Lara Soares, Luís Ferreira e Nuno Carrusca Produção CENTA psicologa- Daniela Mourão


Para visualizar o caderno EU E OS OUTROS que documenta o trabalho efectuado em 2003/04 clique aqui



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[PAISAGENS]






















A equipa, constituída por dois artistas e pelas pessoas interessadas, trabalhará os elementos do imaginário colectivo e individual; histórias, lendas, cantigas, competências do saber fazer (materiais e técnicas), numa localidade, ao longo do verão. O resultado na forma de um espectáculo/instalação será apresentado em espaços não convencionais (ruas, casas, etc.).

Artistas envolvidos Nuno Carrusca [artes visuais] e Maria Belo Costa [dança/teatro]
Público-alvo População residente no concelho de VVRódão, a partir dos 6 anos (nº máximo - 15 pessoas/ nº mínimo - 6)

Calendarização 20 de Julho a finais de Setembro.
Horário Duas sessões por semana, com a duração de duas horas cada , em dia e hora a combinar de acordo com a disponibilidade das pessoas inscritas.
Local O trabalho decorre nas sedes de freguesia (Fratel, Vila Velha de Ródão, Sarnadas e Perais), em espaço a definir. O projecto só se fará em duas dessas localidades em função do número de inscrições.




AS INSCRIÇÕES SÃO GRATUITAS E DECORREM ATÉ 20 DE JULHO NO CENTA
Coordenação geral de Graça Passos Coordenação de Nuno Carrusca e Maria Belo Costa

[EXPERIMENTA O CAMPO]
















Projecto multicultural que associa várias áreas do "fazer", tendo como suporte o Design para um desenvolvimento sustentado. "Experimenta o campo" tem como principal objectivo o desenvolvimento de projectos onde confluam linguagens de dois universos distintos. Por um lado, o artesanato, um universo de objectos nascidos de uma relação com a "terra", com uma vivência geracional, elementos associados a uma identidade própria perpetuada no tempo. Por outro lado, o Design associado à sociedade de consumo e à produção em massa, originando uma estreita relação com a indústria e um distanciamento real em relação às pessoas.

Pretende-se uma simbiose destes dois universos, identificando pólos de trabalho que promovam relações assentes num apoio mútuo. Apoio este fundado na concepção de objectos específicos, ambicionando uma mais-valia que promova um equilíbrio entre uma cultura urbana, que valoriza o sistema cultural tradicional, e uma sociedade rural, que importa signos da cultura de massas.

Este projecto resulta da sinergia de três parceiros muito distintos: uma estrutura independente que trabalha em arte contemporânea, o Centro de Estudos de Novas Tendências Artísticas (CENTA); a Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha (ESAD.CR) e os artesãos da Beira Interior Sul e Alto Alentejo. Esta partilha de saberes e de recursos possibilita, aos (futuros) designers, aprofundar e diversificar a sua experiência afinando os seus instrumentos e processos de criação artística aproximando os artesãos dos processos e linguagem da criação contemporânea.

Entidades principais:
CENTA
ESAD CR

Neste momento os grupos participantes estão a finalizar os protótipos dos seus projectos, juntamente com os artesãos.

No primeiro semestre de 2008 decorrerá, por vários concelhos de Portugal (Caldas da Rainha, Castelo Branco, Fundão, Lisboa, Nisa, Porto, Tomar e Vila Velha de Ródão), a exposição itinerante do projecto, assim como, os respectivos ateliers pedagógicos para os vários ciclos escolares.

concepção geral de Bruno Carvalho coordenação de Bruno Carvalho e Luís Ferreira Imagem de Bruno Carvalho












Friday, June 09, 2006

[LEITURAS AO DOMICÍLIO]


















O CENTA criou um serviço de Leituras ao Domicílio que qualquer pessoa ou entidade pode requisitar, bastando para isso que entre em contacto com o CENTA, através dos números de telefone 272 541 080 ou do 91 493 20 47 e do endereço de email centa@mail.telepac.pt, tendo apenas que indicar o local (poderá ser na própria casa ou noutro espaço) e a hora pretendidos que um dos leitores disponíveis irá ao encontro do ouvinte. As Leituras ao Domicilio dispõem de um menu de livros seleccionados, de onde o ouvinte poderá escolher o livro que quer conhecer. Caso tenha preferência por um livro que não conste no menu, deverá fazer a encomenda com a antecedência mínima de 15 dias, indicando o título em questão e o pedido será atendido.

Em entrevista ao Mil Folhas, no Público, a escritora Rosa Montero defendia que “um mundo sem leitura é um mundo sem atmosfera, como Marte”. Com esta iniciativa pretendemos apelar para o prazer de ler e de ouvir, remetendo para a capacidade que um bom livro tem de pôr o indivíduo em contacto com outros mundos, outras realidades, outras pessoas. Ler pode ser um meio para obter mais informação, mas pode ser, acima de tudo, um modo de aceder facilmente à capacidade de imaginação e de devaneio que cada um possui naturalmente. Ler não pode nunca ser uma obrigação, não pode ser um acto forçado. A leitura dá-se no encontro, numa relação de empatia. A ler conquista-se a capacidade de reflectir, a leitura supõe sempre um olhar individual, uma apropriação sobre o texto, tornando-se assim um acto solitário de intimidade.

As Leituras ao Domicílio têm ainda implícita a ideia, o gesto simples de ler a outro, criando-se assim outro nível de relação, a que se estabelece entre indivíduos num momento de partilha, numa conversa.


Textos e coordenação de Maria Belo Costa





TÍTULOS DISPONÍVEIS PARA LEITURA

Contos da Terra do Dragão de Wang Suoying e Ana Cristina Alves (selecção, adaptação e tradução)
O Senhor Valéry de Gonçalo M. Tavares
Obras Completas 4 (poesia) de José de Almada Negreiros
Contos Exemplares de Sophia de Mello Breyner Andresen
O Louco de Khalil Gibran
Nenhum Olhar de José Luís Peixoto




















Friday, June 02, 2006

[ADOIS]



























O projecto ADois consistiu na articulação de um conjunto de residências de criação artística no CENTA (Centro de Estudos de Novas Tendências Artísticas) em Vila Velha de Rodão, com um programa de exposições das obras realizadas e um programa pedagógico no MFTPJ (Museu de Francisco Tavares Proença Júnior), em Castelo Branco.
As residências de criação que aconteceram uma primeira fase e a exposição na fase seguinte, tiveram lugar ao longo de 2003 e foram realizadas por três duplas de artistas que se constituíram a partir de afinidades sugeridas pelas respectivas obras: Ricardo Jacinto e Carlos Roque, Frederica Bastide Duarte e Susana Mendes Silva, Leonor Antunes e André Guedes.


O lançamento da publicação ADois que documenta e regista as várias etapas e componentes do projecto teve lugar na Livraria Buchholz , em Lisboa, tendo havido nessa ocasião uma análise e reflexão em torno dos pressupostos e questões afloradas no projecto A Dois, as quais foram dinamizadas por Rita Fabiana (comissária), Ana Margarida Ferreira (ex-directora do MFTPJ), Vanda Gorjão (socióloga), André Guedes (coordenador do projecto A Dois, e artista participante no projecto), Ricardo Jacinto (artista participante no projecto A Dois), Raquel Henriques da Silva (historiadora de arte) e Graça Passos (directora do CENTA).

A publicação encontra-se à venda em Lisboa, na Livraria Buchholz, na Livraria Almedina do Centro de Arte Moderna da FCG e na Livraria Barata; no Porto, na Livraria da Fundação de Serralves; em Coimbra, na Livraria XM; e em Castelo Branco, na Livraria A Mar Arte.



fotografia de Mariana Viegas

















[[R]EXISTIR]








Aqui construiremos as nossas casas!, in Underground, de Emir Kusturica (realizador)
Usa a tua cabeça como fonte de abrigo!, Nuno Marcelino (recluso/aluno do EP)





[R]EXISTIR é um projecto pluridisciplinar, de formação e criação artística contínua em Dança e Teatro, desenvolvido nos Estabelecimentos Prisionais de Castelo Branco, desde 2001, que apresenta como premissa a educação pela arte.
O projecto tem como objectivos a promoção da criatividade e a reflexão sobre a relação entre a arte e a vida, contribuindo desta forma para o desenvolvimento pessoal e interpessoal dos reclusos.
A metodologia baseia-se no cruzamento entre as artes pré-formativas, as artes plásticas e a escrita, para o trabalho prático, cujo objectivo final passa pela construção de um espectáculo a ser apresentado. A prática é dividida em 3 fases: dramaturgia/ exploração, composição e montagem/ ensaios e apresentação do produto final. De forma global, pretende-se:
Desenvolver o conhecimento e gosto das/pelas expressões artísticas;
Reconhecer a criação artística como instrumento de apropriação da realidade e expressão de um modo de ver/sentir/pensar particular;
Reconhecer a natureza prática e experimental da actividade artística;
Aumentar a consciência do eu, do grupo e da relação com o(s) outro(s);
Fomentar a responsabilidade, individual e grupal;
Contribuir para a valorização pessoal e social dos reclusos.
Esta dinâmica grupal valoriza a comunicação, como processo que se destina a assumir de partilha, de reciprocidade e de responsabilidade mútua. Os alunos tornam-se agentes da sua própria formação, valorizando as características únicas de cada um e as possibilidades de comunicação, de expressão de ideias e de sentimentos, dando lugar à experimentação e apropriação dos conceitos e técnicas abordados ao longo do trabalho.
Liberdade e responsabilidade, consciência individual e colectiva são os temas fortes das aulas, onde os reclusos, para além de um trabalho intenso de tomada de consciência do corpo, individualmente e na relação com os outros, trabalham textos de Beckett, Shakespeare, Alberto Pimenta e Jorge Amado, e filmes de Emir Kusturika, Luciana Fina, Pina Bausch, etc.
A formação é associada a um conjunto de acções complementares que visam estreitar relações com a instituição prisional através da participação nas actividades culturais e recreativas dos Estabelecimentos e criar pontes com o exterior (estabelecimentos prisionais, outros artistas e comunidade/público).

Concepção de Filipa Francisco e Elizabete Paiva Coordenação de Filipa Francisco Apoio de Maria Belo Costa e Lurdes Calçada (Psicóloga - Estabelecimento Prisional de Castelo Branco) Monitores Filipa Francisco, António Carallo, Bruno Cochat, Paula Castro, Rui Sena, Luciana Fina, Joana Bárcia, Francisco Campos, Maria Belo Costa Produção de CENTA [Centro de Estudos de Novas Tendências Artísticas] Produção executiva de Maria Belo Costa Parceiros Jangada de Pedra, Projecto Ser Dona de a a W (promovido pela Liga Portuguesa de Profilaxia Social), Estabelecimento Prisional de Castelo Branco Imagem de Pedro Fonseca



[HISTORIAL]
O contacto de Filipa Francisco com o Estabelecimento Prisional de Castelo Branco teve início em 2001 quando uma professora do estabelecimento inscreveu as suas alunas no ateliê “Riso”, integrado no Programa de Formação Artística para Jovens da Beira Baixa e do Alto Alentejo que o CENTA promove.
Este ateliê foi concebido no contexto do projecto coreográfico “Riso” que a criadora desenvolveu, durante dois meses, em residência no CENTA. O interesse pela continuação deste trabalho por parte da coreógrafa, começou a abrir perspectivas de realizar períodos mais longos de formação, criando um entusiasmo crescente nos reclusos, nos professores, na direcção do Estabelecimento Prisional e no CENTA. O ateliê “Riso” só foi frequentado por mulheres, situação que se manteve em 2002; em 2003 a formação já abrangeu homens e mulheres e desenvolveu-se à volta do espectáculo “Nu Meio”, da autoria de Filipa Francisco e Bruno Cochat, exibido no Estabelecimento Prisional na festa de Natal de 2003.
Ao cabo de 3 anos o CENTA e o Estabelecimento Prisional de Castelo Branco assinaram um protocolo de colaboração formalizando as suas relações na área da formação artística. Entre Janeiro e Maio de 2004 desenvolveu-se pela primeira vez um período de trabalho de quase 5 meses, 2 horas por semana e, a partir de materiais produzidos pelos(as) próprios(as) reclusos(as), foram apresentadas duas “peças” em Maio, na Semana do Coração, no Estabelecimento Prisional, “Peças para rir e chorar”.
Liberdade e responsabilidade, consciência individual e colectiva foram os temas fortes das aulas, onde os alunos para além de um trabalho intenso de tomada de consciência do corpo, individualmente e na relação com os outros, tiveram acesso a textos de Beckett, Shakespeare, Alberto Pimenta e Jorge Amado, e filmes de Kusturika e Luciana Fina.
Nesta fase de trabalho apoiaram a realização do projecto a Jangada de Pedra e a Coordenação da Área Educativa de Castelo Branco. Na sequência desta formação, e reunindo pequenos apoios concedidos pelo Governo Civil de Castelo Branco, pela Coordenação da Área Educativa de Castelo Branco e pelo próprio CENTA, foi realizado um bloco de aulas em Novembro e Dezembro de 2004. Partindo dos mesmos pressupostos do período de trabalho anterior, e já com a colaboração de Elisabete Paiva, resultou daqui uma nova criação, apresentada na Festa de Natal do Estabelecimento Prisional. Apesar das aulas serem dadas separadamente, conseguiu-se, pela primeira vez, que os reclusos e as reclusas estivessem juntos em palco, formando uma mesma peça a partir de cenas alternadas entre os dois grupos.
Em 2005 [R]existir desenvolveu-se ao longo de todo ano e o trabalho com o grupo das mulheres incidiu na peça "1980" de Pina Bausch, enquanto os homens escolheram "A Boda" de Bertolt Brecht para encenarem. Estas peças foram pela primeira vez apresentadas fora do Estabelecimento Prisional, no Museu Francisco Tavares Proença Júnior, em Castelo Branco.